segunda-feira, 1 de junho de 2009

Conto




Emigrante

Foi em 1981, que meu pai partiu pela primeira vez para o estrangeiro. Deixando minha mãe com 23 anos e duas filhas pequenas, eu com 3 anos e minha irmã mais nova na altura com 25 meses e 15 dias, pois só fazemos diferença 10 meses e 15 dias uma da outra.
Nessa época, atravessava-se uma crise no nosso país, da qual levou meu pai á procura de uma vida melhor, para nós. Nesse país que era a Líbia, não havia relações diplomáticas com Portugal. Minha mãe, só recebeu noticias de meu pai ao fim de um mês, e por carta, pois na altura era este o meio de comunicação possível. Ao fim de 6 meses meu pai regressou a casa, trazendo os salários que tinha ganho nesses meses. Pois minha mãe viu-se assim com grandes dificuldades, para nos sustentar e tratar de tudo que uma família precisava.
Nesse país não havia outra maneira de enviar o dinheiro, meu pai com muita dificuldade voltou novamente, por mais duas vezes fazendo sempre contratos de 6 meses, voltando sempre só com quinze dias de férias. Após, regressar da Líbia foi para a Rússia, país muito frio, meu pai chegou a suportar 20 graus negativos, ele que sempre teve barba deixava-a crescer muito para lhe aquecer a cara, e sua barba chegava a congelar tanto era o frio.
Como Portugal ainda não havia estabilidade económica meu pai foi para o Iraque, estando lá só por vinte e sete dias, pois não aguentou o que por lá viu, para além de ainda haver guerra, meu pai chegou a ver muitos cadáveres sempre que fazia alguma escavação.
Mais tarde, foi parar á Alemanha, sendo este um país que ele gostou muito, também fez contratos de 6 meses, estando lá durante 2 anos, depois, imigra para Itália, Holanda, Espanha, Irlanda e por fim ultimamente em França.




Actualmente, com duas filhas casadas, e um quase a casar, meus pais estão finalmente juntos, ainda são jovens e cheios de saúde, sempre que podem viajam e tentam recuperar o tempo perdido.
Com tudo isto, vivemos sempre com um pai, muito ausente e minha mãe, que sempre cuidou de nós e de mais um irmão, que faz diferença de mim nove anos, pois nunca nos faltou com nada, educou-nos o melhor possível dando-nos carinho e amor e tudo o que hoje somos devemos-lhe a ela também, foi uma mãe sempre presente. Pois minha mãe foi sempre uma mulher muito sofrida, fez várias depressões ao longo da vida, devido á separação forçada que teve ao longo da vida com o meu pai. Construíram uma linda casa, e têm uma vida muito bonita, estão casados á 33 anos, apesar de todas estas complicações que a vida trouxe, sei que são um casal muito feliz e que se amam muito, sempre se respeitaram um ao outro e juntos suportaram muitas coisas.







Sei, que para ele era difícil, pois não viu as seus filhos crescerem, sempre que chegava era uma alegria, trazia muitas prendas, que ainda hoje guardo com muito amor, são momentos de ternura que guardo para sempre. Eu admiro o meu pai, por tudo que fez pela família, para mim a maior riqueza que podemos adquirir ao longo da vida, é ter uma família e poder contar sempre com ela para o bem e o mal. Sei que posso contar sempre com a minha, eu amo muito os meus pais. Obrigado por tudo.





Ele partiu, ela chorou,
Com os seus filhinhos,
Cheia de saudades ficou.
Ele escreveu, diz que está bem,
Mas ela sabe, que lhe falta lá alguém.

Ser imigrante, é ser aventureiro,
A trabalhar no estrangeiro.

Está sozinho, pensa na vida,
Pensa nos seus, e na sua terra querida.

Marlene Moreira




Os meus irmãos, filhos e pais
















quarta-feira, 1 de abril de 2009

caso joana reflexao

Sou mãe de dois meninos, e quando vejo na televisão ou nos jornais casos de crime que envolvam crianças, fico arrepiada. Muitos deles, são praticados pelos próprios pais ou familiares mais próximos, o que me deixa ainda mais incrédula e chocada. Para este trabalho, decidi abordar o caso da menina Joana de Portimão.






Quando ouvi contornos deste caso pela primeira vez na televisão, fiquei muito apreensiva e desconfiada. A reacção da mãe de Joana não me parecia normal, no sentido, em que aquela mulher dava a entender que estava a tentar passar uma imagem de mulher triste e desesperada, mas na realidade não era nada disso. Estava tudo muito artificial, e uma mãe que é mãe tem reacções espontâneas, verdadeiras. Devo confessar que fiquei “com a pulga atrás da orelha”, mas ao mesmo tempo, estava com peso de consciência, caso estivesse a fazer juízos precipitados. Contudo, o caso foi sendo acompanhado pelas várias equipas de reportagem e, segundo as investigações da Polícia Judiciária, a menina tinha sido assassinada pela mãe e pelo tio. Neste caso, em particular, penso que os media foram pouco manipuladores, transmitiam os resultados das investigações daquela noite fatídica, faziam reportagens sobre a cronologia dos acontecimentos. Davam, sim, muita importância ao corpo da criança, que ainda não tinha sido encontrado. Penso que isto se deveu ao facto de em pouco tempo, a mãe e o tio terem sido constituídos arguidos, e quando isto acontece, tem de se ter mais contenção, devido ao segredo de justiça. Digo isto, porque o poder de manipulação dos media pode ser grande, e se tivesse sido utilizado neste caso, penso que muitas pessoas quereriam ter


podido fazer justiça pelas próprias mãos. Não defendo este tipo de atitudes, mas devido aos contornos macabros, violentos e animalescos do caso, esta mulher e o irmão mereciam ter sentido o poder da censura e reprovação popular, por terem praticado este crime horrendo. Mas a culpa não morre solteira e fez-se justiça. O corpo da Joana não foi encontrado, mas os dois já foram condenados. No meio de tudo isto, correu muita tinta e muita especulação foi montada pelos jornalistas, que em casos destes desencadeiam reacções positivas. Durante esse tempo, os vizinhos e pessoas próximas do local tomaram iniciativas de investigação e buscas, tudo para encontrarem a pobre Joana.
Infelizmente, foi mais uma vítima inocente, que teve a infelicidade de nascer no seio daquela família desequilibrada, sem valores familiares e morais. Não tinham valores, mas sabiam que o que estavam a fazer seria reprovado pela sociedade. Pois para mim, a menina foi espancada e como consequência morreu. Porque, segundo o meu ponto de vista, a Joana entrou e viu o tio e a mãe a terem relações (incesto, porque são irmãos), e por sua vez estes decidiram “calar” a boca da menina.
É imperdoável! Foi um caso que me marcou muito!

Ambiente

Ambiente

A saúde Humana é fortemente afectada pela poluição no ambiente: asmas, alergias e outras doenças respiratórias associadas à poluição do ar, constituem a principal procura nos hospitais. Mas a minha maior preocupação é a elevada existência de casos de cancro na pele. Por isso, evito muito estar exposta ao sol e praia, só mesmo dentro da “barraca”. E agora com filhos tento estar ainda mais preocupada com estes efeitos, pois gostaria que o futuro deles fosse mais sorridente.
Penso que, cada vez mais, as pessoas preocupam-se mais em como preservar o ambiente e já procuram colaborar. As paisagens estão a modificar. Há alguns anos atrás, na minha rua existiam muitos terrenos selvagens, tudo verde. Era bonito de se ver. Agora, onde existia somente uma casa, existem pelo menos seis. Mas isso não é o pior, mas sim as fábricas que foram aprovadas para construção, de todos os ramos: vidraceiros, mobiliário e, por fim, de polimentos que durante um dia de calor o cheiro tornasse intenso.
O clima do Planeta é afectado pela poluição atmosférica. Penso que vai deixar de existir as quatro estações do ano, mas sim só duas. Portugal irá tornar-se num País tropical, como o Brasil.
Ouvimos falar num mundo com: poluição do ar, chuvas ácidas, cidades poluídas, gases tóxicos, doenças causadas pela poluição do ar, queima de combustíveis fósseis, cheias. Isso tudo são alterações que estão a criar um grande impacto a nível Mundial e não esquecendo a extinção de espécies, aquecimento global, alterações climáticas e o buraco do ozono, alterações estas faladas todos os dias nos nossos media.
Para poder minorar estes efeitos, não deveríamos de abater as árvores, sem nunca nos esquecermos de as plantar outra vez, fazer a reciclagem dos lixos domésticos, poupar a energia e a água, temos que pensar cada vez mais no futuro, pois este é o Planeta em que vivemos, sem ele nós também deixamos de existir.

Ética e desenvolvimento institucional

Ética e desenvolvimento institucional

A ética individual tem como base a natureza e carácter de cada indivíduo. Os seus princípios éticos advêm da sua consciência, da educação que teve, dos valores transmitidos e dos seus meios de sobrevivência.
A ética individual, tal como o nome indica, é muito diversificada e única, aplicável a cada pessoa, como ser único e diferente. Cada indivíduo tem a sua própria personalidade, carácter, com valores humanos e sociais. Cada indivíduo aplicará a cada situação que viva, a opção mais vantajosa para a sua vida. Se será a opção mais justa ou correcta, depois isso dependerá do seu carácter, da sua ética.
No que diz respeito à ética institucional é um conjunto de normas, mandamentos a cumprir.
O indivíduo que trabalha para determinada empresa, terá que cumprir e reger-se por determinados princípios impostos, e que por vezes, não vão de encontro aos nossos princípios, ou seja, não concordam com a nossa ética. É neste ponto, que verificamos as diferenças entre ética individual e a ética institucional. Pode-se verificar um conflito interno, prejudicando a nossa personalidade ou a nossa performance no trabalho ou na instituição que representámos.
Através desta situação, também podemos avaliar a ética individual, ou seja, é nestas situações que confirmamos o carácter de cada pessoa. Uma vez que, a partir da nossa ética podemos escolher ou lutar pela representação da instituição com a qual mais nos identificamos. Normalmente, é isso que acontece.
Para dar um exemplo, uma pessoa cuja ética assenta na ajuda ao próximo, trabalho comunitário, compaixão, bem-estar social, opta por trabalhos de voluntariado em instituições de beneficência: bombeiros, cruz vermelha, entre outros.


Para terminar, os conceitos de ética individual e de ética institucional devem estar sempre interligados através dos dez princípios éticos da administração pública que são os seguintes:


Ø Princípio do Serviço Público
Ø Princípio da Legalidade
Ø Princípio da Justiça e da Imparcialidade
Ø Princípio da Igualdade
Ø Princípio da Proporcionalidade
Ø Princípio da Colaboração e da Boa Fé
Ø Princípio da Informação e da Qualidade
Ø Princípio da Lealdade
Ø Princípio da Integridade
Ø Princípio da Competência e Responsabilidade

Preservação do patrimonio


Preservação do patrimonio

A importância da preservação do património é importante porque é algo que une um povo á sua história e cultura, pois uma população que preserva e mantém viva a sua cultura é uma população muito rica. Podemos preservar a história dos nossos antepassados, pois para mim a sua preservação e manutenção faz com que por exemplo as nossas crianças entendam um pouco da importância da nossa história.
Pois saber usar e preservar o nosso património faz com que gerações futuras possam desfrutar também, pois é algo de que nos devemos orgulhar. Descobri que a palavra património tem muitos significados mas o conceito mais comum é que património é o conjunto de bens que uma pessoa ou entidade possuem.
A economia é considerada o sector mais dinâmico, que apresenta para o futuro uma perspectiva promissora. Na preservação do património o turismo é a principal fonte de rendimento para alguns povos, recorrendo á melhoria de equipamentos e produtos turísticos e a modelização de alguns transportes e comunicações. Apresenta também o desejo de conhecer novos lugares e outras culturas o que faz com que a globalização se torne mais comum nas nossas vidas. Hoje em dia estamos a aprender a olhar para o património como um bem que tem valor cultural, histórico onde estamos a aprender a respeitar e preservar.
Nos últimos anos juntamente com as autarquias tem vindo a existir um enorme desenvolvimento em novos projectos culturais. Como já tinha dito a preocupação do seu desenvolvimento originou o alargamento do turismo, ou seja as cidades, vilas e aldeias sofreram uma enorme alteração, começando a existir postos de trabalhos em várias áreas tais como, arte, arqueologia, gastronomia, festas, etc.
Onde também com a abertura de museus, galerias que valorizam o património. Este tipo de turismo também atrai a novas formas de vida que já foram esquecidas com o restauro e abertura ao público de moinhos, lagares, olarias que para muitos eram desconhecidos mas que pertencem á história do nosso País.
A existência das organizações de preservação do património são muito importantes, pois faz com que proteja e salvaguarde todo o nosso património. Tentam preservar a nossa cultura conservando-a preservando a nossa herança cultural.


Entidades como a Unesco permite que seja feita uma divulgação a nível internacional fazendo com que as pessoas fiquem com a consciência de que devem preservar o nosso património para bem de todos e fazendo com que depois os nossos descendentes possam ainda usufruir deles. É muito bom visitarmos um monumento e vermos de que apesar de ter muitos anos ainda se encontra em bom estado, temos de ter orgulho da herança que os nossos antepassados nos deixaram pois não imaginamos o que devem ter passado para a sua construção. As organizações a nível nacional também são importantes, devem ser apoiadas e incentivadas para que o estado nunca deixe de apoiar na manutenção e preservação do nosso património.

neve em vilela city