Sou mãe de dois meninos, e quando vejo na televisão ou nos jornais casos de crime que envolvam crianças, fico arrepiada. Muitos deles, são praticados pelos próprios pais ou familiares mais próximos, o que me deixa ainda mais incrédula e chocada. Para este trabalho, decidi abordar o caso da menina Joana de Portimão.
Quando ouvi contornos deste caso pela primeira vez na televisão, fiquei muito apreensiva e desconfiada. A reacção da mãe de Joana não me parecia normal, no sentido, em que aquela mulher dava a entender que estava a tentar passar uma imagem de mulher triste e desesperada, mas na realidade não era nada disso. Estava tudo muito artificial, e uma mãe que é mãe tem reacções espontâneas, verdadeiras. Devo confessar que fiquei “com a pulga atrás da orelha”, mas ao mesmo tempo, estava com peso de consciência, caso estivesse a fazer juízos precipitados. Contudo, o caso foi sendo acompanhado pelas várias equipas de reportagem e, segundo as investigações da Polícia Judiciária, a menina tinha sido assassinada pela mãe e pelo tio. Neste caso, em particular, penso que os media foram pouco manipuladores, transmitiam os resultados das investigações daquela noite fatídica, faziam reportagens sobre a cronologia dos acontecimentos. Davam, sim, muita importância ao corpo da criança, que ainda não tinha sido encontrado. Penso que isto se deveu ao facto de em pouco tempo, a mãe e o tio terem sido constituídos arguidos, e quando isto acontece, tem de se ter mais contenção, devido ao segredo de justiça. Digo isto, porque o poder de manipulação dos media pode ser grande, e se tivesse sido utilizado neste caso, penso que muitas pessoas quereriam ter
podido fazer justiça pelas próprias mãos. Não defendo este tipo de atitudes, mas devido aos contornos macabros, violentos e animalescos do caso, esta mulher e o irmão mereciam ter sentido o poder da censura e reprovação popular, por terem praticado este crime horrendo. Mas a culpa não morre solteira e fez-se justiça. O corpo da Joana não foi encontrado, mas os dois já foram condenados. No meio de tudo isto, correu muita tinta e muita especulação foi montada pelos jornalistas, que em casos destes desencadeiam reacções positivas. Durante esse tempo, os vizinhos e pessoas próximas do local tomaram iniciativas de investigação e buscas, tudo para encontrarem a pobre Joana.
Infelizmente, foi mais uma vítima inocente, que teve a infelicidade de nascer no seio daquela família desequilibrada, sem valores familiares e morais. Não tinham valores, mas sabiam que o que estavam a fazer seria reprovado pela sociedade. Pois para mim, a menina foi espancada e como consequência morreu. Porque, segundo o meu ponto de vista, a Joana entrou e viu o tio e a mãe a terem relações (incesto, porque são irmãos), e por sua vez estes decidiram “calar” a boca da menina.
É imperdoável! Foi um caso que me marcou muito!
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